domingo, 21 de fevereiro de 2010

Filmes, música e um domingo em paz

Já escrevi sobre alguns filmes aqui e nesse final de semana tive o prazer de cometer uma feliz coicidência, locar dois filmes que tinham como tema de fundo a pintura.


Eu não entendo bulhufas de pintura, mas a arte não foi feita apenas para aqueles que a entendem, penso eu. Penso assim, porque pra mim arte combina muito mais com o verbo sentir do que com o verbo entender. Tudo bem que eu não sei distinguir entre uma escola de pintura e outra, tampouco falar sobre os tons exatos usados em uma tela, mas eu - e qualquer outro ser humano da face da terra - consigo saber qual quadro me faz sentir paz, alegria, força ou mistério.


Além de falar um pouquinho de pintura - pouco, por isso disse ser um tema de fundo - os dois filmes também tratam com delicadeza sobre a amizade. Em "A luz da cidade" (cuidado, não é "Luzes da cidade" de Charles Chaplin) a amizade baseada no profundo respeito e admiração de um jovem aspirante a pintor por um vizinho, um renomado artista, no fim de sua vida, é cativante. O filme às vezes chega a ser simplório, mas o final é emocionante e mágico. Além disso a história é real e eu adoro filmes baseados em histórias reais.


O segundo filme "Conversas com meu jardineiro" traz a amizade entre dois homens de meia idade, um pintor famoso em crise e um simples ferroviário aposentado que nunca saiu muito de sua cidade natal e passa seus dias praticando sua grande paixão, a jardinagem. Duas realidades opostas que mostram que muitas vezes a simplicidade na forma de ver a vida está muito mais próxima da sabedoria do que imaginamos. Ah! e ainda vale a pena por ouvir um pouquinho de francês, já que o filme não tem dublagem.


Eu amo assistir filmes e geralmente os escolho de acordo com meu estado de espírito do momento. Esses dois filmes vieram exatamente ao encontro do que eu queria em um domingo meio nublado: ver histórias simples, com um olhar doce sobre a vida.


Ambos os filmes não tem nenhuma pretensão de provocar emoções arrebatadoras, fascinantes ou seja lá o que for, como um Avatar, por exemplo (que também assisti nessa semana). Eles tocam em frações de dia-a-dia, em sentimentos corriqueiros, em situações tão comuns que geralmente não nos causam, também na vida real, as tais emoções arrebatadoras. Mas são essas sensações "bobinhas" de todo mundo, que representam os retalhos dos grandes acontecimentos das nossas vidas como as grandes decisões e as mudanças mais importantes.


Também preciso comentar aqui sobre uma música que vale a pena ouvir. É que como sou da opinião de que hoje em dia tudo é tão banal, passageiro e superficial, quando ouço uma música, ou assisto a um filme, ou leio um livro que me tocam de verdade, preciso passar a dica adiante, ainda mais que foi uma sugestão de um amigo especial que disse lembrar de mim quando a ouve, uma honra!


A música que eu nunca tinha ouvido - o que me chamou a atenção já que adoro Paralamas do Sucesso - é "Amor em vão' e não há outra palavra que defina melhor a não ser LINDA. É de ouvir com o coração:


http://www.youtube.com/watch?v=HfunjjiC9oQ 

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