domingo, 30 de maio de 2010

Instabilidade geminiana

Não que eu realmente acredite que o que diz no meu horóscopo diário, mensal, anual, vá de fato acontecer, mas reconheço que gosto de ler previsões todos os dias. Sei lá se tem algo a ver com a vida real, se realmente a posição do sol influencia minha vida mais do que minhas atitudes, mas mesmo assim, eu gosto. Talvez seja uma confortável e divertida bengala para enfrentar o dia.Meu signo, por exemplo, é a minha cara: instável como um dia de chuva, em um segundo lépido como um passarinho, no outro parado como um bicho-preguiça. Claro que ao menor sinal de uma folha se mover o bicho-preguiça já pode dar lugar a qualquer bicho mais ágil. Mas a questão é essa: mudo de humor, de disposição, na velocidade do vento. 

E pra variar, continuo com a sensação de que a minha vida ainda não é o que eu realmente quero. Nesse momento penso, o que mais eu posso querer? Tenho um emprego bacana, tenho uma família querida, amigos idem, saúde, juventude, me sinto feliz, de verdade, feliz mesmo, e ainda tenho muitas perspectivas, planos de estudos, de viagens, sinto que tenho uma vida toda cheia de coisas bacanas pela frente (com obstáculos também lógico, mas nada paralisante). O que afinal falta então? Por que às vezes sinto que queria outra vida? Adoro meus dias, mas porque em alguns momentos parece que tudo o que passou era mais legal?

E assim passo meus dias...instavelmente, geminianamente feliz, confusa, leve, pesada, com vontade ou preguiça, seja lá o que for, mas sempre, sempre, em busca de explicações!

segunda-feira, 3 de maio de 2010

É agora

Não sei se é o mundo ou se sou eu. Pensei nisso nesse exato momento, enquanto, sentada na frente do computador, por milésimos de segundos olho para o lado e vejo o mundo lá fora. Prédios, barulho de construção, carros que sobem e descem a rua. Todo mundo tocando sua vida, trabalhando, correndo, lutando. Eu também sigo minha vida, seja lá em que ritmo, nem eu mesma sei mais. 


...


Desculpa, não deu pra segurar. As lágrimas caem. Porque no fundo eu sempre soube o que fazer. Todo mundo nasce sabendo qual é o seu dom. A vida sempre nos mostra em pequenos retalhos de intuição. O problema não é o que, mas o como. Como fazer o que eu sei que devo? Por onde começar, qual é o primeiro passo?


Algumas pessoas demoram a encontrar. Eu, em muitos momentos da minha vida, me senti no caminho. Só que nunca o caminho me pareceu certo por mais do que três anos. E agora, com 25 anos, tudo bate a porta, intensamente. Tudo agora é profundamente necessário. Nada mais é tão leve, nada pode ficar pra depois. A vida cobra, o mundo cobra, as pessoas cobram. Essencialmente, eu me cobro. 


Estou aqui.
Entre o ínfimo momento do impulso para agir e da dúvida que paralisa.
Se vou agir ou ficar parada, não importa. O que não vou, espero, é continuar no mesmo lugar.