quarta-feira, 2 de dezembro de 2009

Que venha 2010!

Gosto da sala aqui de casa pq é no segundo andar, tem uma janela e uma porta de vidro enorme que dá pra ver lá longe. Quando era criança adorava ficar olhando a chuva chegar nos montes que desenham o horizonte, depois que a cidade termina. Eram dias como hoje: céu nublado, meio da manhã... sinto paz.

O ano está terminando. talvez um dos anos mais importantes da minha vida. O que conquistei? Nada. O que ganhei? Muito.

Em plena crise dos 25 anos a vida, que seguia seu curso normal - recém-formada, trabalho novo, namorado firme -, olhou e disse: Muda tudo Samantha! A vida disse isso através do namoro que terminou, do pedido de "volta pra casa" que me fez voltar pro Sul e do meu coração que sempre morre de amores por uma mudança. Mudar dá um medo...Mudar tudo, então, me mata de aflição. Mas ao mesmo tempo sou uma apaixonada por começar de novo. Mudar te faz ver teus erros e acertos por um novo ângulo e com um novo fôlego. Foi isso que mais aprendi em 2009. Que estive, nos últimos anos, tão certa nos meus erros quanto errada nos meus acertos.

Foi através da mudança total que revi objetivos. Aliás, aumentei-os. Constatei: não quero passar pela vida sonhando pequeno. Apnas conseguir um emprego como jornalista e ir vivendo seria bem mais fácil e não menos digno, penso às vezes, quando o cansaço chega. Mas a questão é que não quero o que é mais fácil. Eu quero o que é melhor. Quero me superar, quero ser o mais de mim. Quero a versão mais bem feita, mais cara e mais completa.

Ambição? Sim. A ambição geralmente é vista com maus olhos. Como o pecado de querer tudo e cada vez mais, de forma ruim. Como não perco o sono com pré-julgamentos, afirmo e reafirmo: ambição, direcionada corretamente, faz muito bem. Eu sou ambiciosa por vida, por felicidade, por novidade, por conhecer o mundo e as pessoas, pq quanto mais conheço de tudo, mais perto estou de conhecer a mim mesma.

Em 2009, escolhi o caminho mais longo, de olho no futuro. Alguns amigos não compreendem e não os culpo por isso. E um grande futuro exige um grande presente. Um presente com dedicação, convicção e fé.

Se tenho dúvida se estou no caminho certo? A cada cinco minutos, sou geminiana! Mas a dúvida nunca me paralisou. Depois de anos sendo feliz buscando a felicidade na profissão, no namorado ou em qualquer outra coisa que aparecia, em 2009 tive a sorte de poder buscar a felicidade apenas em mim.

Cai agora a chuva mais calma que já vi. Tão calma quanto a paz de saber que não tenho nada e que nunca, em momento algum da minha vida, tive tanto...

Que venha 2010!

sexta-feira, 27 de novembro de 2009

Dona Maria

Esses dias fui fazer minha caminhada rotineira, minha maneira mais eficiente de mandar o stress pra lá desde que tinha 13 anos. Subindo a umas 2 quadras daqui de casa eu avisto uma senhora. De bengalinha na mão, cabelinho branco, magriiinha, caminhando pela rua. Nossa, pensei eu, é a Dona Maria!

A Dona Maria é uma velhinha que foi minha vizinha de porta quando eu tinha 3 ou 4 anos de idade. Claro que eu não me lembro muito dela, mas o que lembro bem é que naquela época, isso há 21 anos atrás, ela já era uma velhinha!

A Dona Maria é daquelas pessoas que estão presentes na tua vida, sem fazer parte dela. Eu nunca tive qualquer contato com a Dona Maria além daquele do qual eu não me lembro, já que era muito criança. Mas ao longo da vida sempre ouvi minha mãe falar dela, que sentia saudade, que gostava muito da Dona Maria. O mais engraçado é que desde os meus 6 anos moramos a duas quadras da Dona Maria e minha mãe nunca foi visitá-la. Tampouco eu, que sempre guardei dela apenas lembranças das quais eu não lembro materialmente, mas que estão na minha memória.

Se a Dona Maria soubesse que morri de vontade de pará-la ali no meio da rua e dizer "Dona Maria! lembra de mim, filha da Isabel, que morava na frente da sua casa..." Mas eu acho que ela não lembraria. Afinal, como ela vai lembrar de alguém que não conhece? Afinal quem ela conheceu foi uma menininha que brincava com baldinho e peixinhos de plástico na areia do pátio de casa.

Eu nem conheço a Dona Maria, mas eu gosto dela. É estranho como sinto que ela faz parte da minha história. E fiquei realmente encantada por vê-la viva, caminhando pela rua. Pq quando somos crianças, a idéia que fazemos é de que, quando formos adultos, velhos serão os nossos pais e não os velhinhos que já eram velhinhos. Fiquei pensando quanta história a Dona Maria não teria pra contar! E ouvindo suas histórias, que aparentemente nada tem a ver com a minha, eu sei que sentiria uma saudade inexplicável de tudo.

Como pode a gente sentir saudade até do que não viveu e até mesmo do que existiu apenas na nossa mente, nos nossos sonhos? A verdade é que a Dona Maria me remete a um tempo bom. Mesmo que ela não apareça materialmente nas minhas lembranças desse tempo, ela é, sem dúvida, um elo com meu passado.

Pra ver como às vezes pessoas que apenas passam por nós, conseguem nos deixar marcas muito mais fortes e vivas do que muitas que andaram anos ao nosso lado. Não é afinidade, não é convivência, não há palavra que explique. Me sinto ligada à Dona Maria por um sentimento que vai além do que podemos definir ou teorizar... Essas coisas tênues que a vida tem...pequenos mistérios que fazem a vida mais mágica...

sexta-feira, 20 de novembro de 2009

Sofrendo do mal "Cazuza"

Eu não sou tão exagerada quanto ele e ao contrário dele gosto só de meninos. Mesmo assim, em um ponto, sou meio Cazuza: não consigo querer uma coisa só. Não adianta, eu vejo tanta coisa pra se gostar nesse mundo, como é que vou me limitar a ser apenas uma?

Sabe aquelas pessoas que já foram de tudo um pouco nessa vida? Pra quem não sabe eu já fui auxiliar de consultório odontológico (no tempo em que ainda não existia curso profissionalizante pra isso), já fui vendedora das lojas Grazziotin, já fui proprietária de loja de artigos esportivos, técnica admisnistrativa do Fórum, e, no meio disso tudo, claro, sou jornalista. No campo dos estudos também não me mantive em uma opção. Cursei um ano de Letras, um ano de relações Públicas, até me formar em Jornalismo, que foi o que sempre quis.

O que eu não esperava é que quando eu me formasse em Jornalismo eu descobriria que também quero cursar Direito. Também, lógico, tenho como objetivo fazer um mestrado, porque todo mundo sabe que diploma hoje em dia é quase nada. E mesmo que fosse muito, seria pouco para satisfazer minha vontade de estudar. Ah, e tirando tuuudo isso, confesso que também sempre pensei em fazer psicologia.

Também vale lembrar que já morei com meus pais, óbvio, já dividi apartamento com pelo menos umas 20 pessoas (não todas ao mesmo tempo, óbvio) e já morei com meu namorado no outro lado do país. Ah, também morei um tempo com um tio.

Esse parágrafos aí e cima são a explicação pura e simples do mal Cazuza: o querer tudo, ou, querer cada hora uma coisa diferente. Fico pensando como algumas pessoas conseguem viver a vida toda na mesma casa, na mesma rua, na mesma cidade. Como passam a vida todinha no mesmo emprego? E faculdade, como podem querer cursar apenas uma? Quando preciso dizer qual minha música preferida, filme, cor, qualquer coisa, não espere uma só. Sempre serão 5 músicas, 10 filmes, 3 cores. Nunca haverá o melhor amigo, será sempre os e as. Família, será a de Ijuí, a do MT. Os amigos serão do Brasil, da europa, dos EUA.

É claro que isso não é tão bom quanto parece. Se fosse eu não chamaria de "mal". A verdade é que muitas vezes, na inconstância de querer demais, acabo sem saber distinguir o que realmente quero e perdendo momentos preciosos.

A vida exige escolhas. E quando a escolha tem apenas alternativa A e B, eu sempre me ferro.

quinta-feira, 19 de novembro de 2009

Pq os homens não me conquistam?

Primeiro, que fique claro que não estou virando lésbica. Sim, tem que explicar, né, hoje em dia uma frase como essa do título pode ser lida de várias maneiras...

O que vou falar é o que tento entender. Tento entender a minha dificuldade em me encantar com o sexo oposto, leia-se, apaixonar-me. Eu não me acho a última bolachinha do pacote, sei que fico mesmo lá pelo meio, entre as comuns quase lindas, então não pensem que sou daquelas que acham que homem nenhum é bom o bastante para mim.

Mas a verdade é que, meu Deus! eu não me encanto! Eu saio, nos lugares onde vou há muitos guris, muitos deles bonitos, alguns deles chegam pra falar comigo e não adianta, nada do que dizem me chama a atenção. Acabo às vezes sendo até antepática, por pura preguiça de prolongar conversinhas que escuto desde que tenho 14 anos: nome, idade, o que faz..blábláblá...

O pior é que não é nem a conversa, afinal essas perguntas são necessárias, mas não há um olhar que me atormente, de leve que seja, nãohá sorriso que impressione, não há um modo diferente de gesticular que me faça prestar atenção.

Pq os homens não me conquistam? Conheço pessoas que se apaixonam tão facilmente! Estão sempre encantadas com alguém. Parece ser tão fácil!

Nas poucas vezes em que alguém me chama a atenção, dura pouco. E antes de qualquer coisa eu mesma já sei que logo vai passar, que a euforia vai desaparecer como fumaça.

Falando tudo isso, até parece que sou insensível e o pior de tudo é que não sou. Eu amei meu ex-namorado. Mas mesmo aí, não teve perna tremendo, frio na barriga...

Eu sei que sobrevivo sem isso. Não sou do tipo que acha que só vai ser feliz se encontrar a metade da laranja, não, eu já sou feliz. Feliz comigo mesma, feliz com as coisas que tenho. Mas também não sou do tipo totalmente moderna que acha que pode ser totalmente feliz sem encontrar a metade. Essas pessoas mentem. São felizes, mas no fundinho, sabem que podem ser mais felizes, dividindo com alguém essa felicidade.

Sinto vontade de ser conquistada. Entre tantos olhares que não me dizem nada, quero saber se encontro algum que consiga me dizer alguma coisa... Pouco me importa se será paixão, um grande amor, ou apenas desejo. Importa apenas que me conquiste de alguma maneira.

quinta-feira, 12 de novembro de 2009

De novo, caminhos...

Ah, esses diazinhos cruéis em que você olha em volta e pensa "Tá tudo errado!"


Sabe o que é pior? É quando tudo PARECE errado, especialmente aos olhos dos outros, mas algo lá dentro de vc diz "segue por aí mais um pouco". É o que anda acontecendo comigo. Eu tinha minha casa, meu emprego, meu namorado e de repente Pluft! resolvi mudar tudo. Tá, o namorado saiu por vontade própria, mas o resto foi decisão minha.


E agora, cá estou, tentando me encontrar novamente em meio às inúmeras vontades de ser jornalista, concursada, viajar pelo mundo e também casar e ter filhos como qualquer mortal do sexo feminino. Algumas pessoas adoram chegar e dizer: vc devia ter feito isto ou aquilo, não devia ter ido pro MT, devia ter tentado mestrado em Santa Maria...


Então acham que eu não penso que sim, talvez teria sido bom ter feito outras escolhas? Mas me desculpem os "interessados demais com a vida alheia", eu simplesmente não consigo me arrepender da minha vida.


Ter feito outras escolhas significa apagar pessoas e lugares que conheci, momentos que vivi, da minha história. Não tenho nem coragem de pensar em não ter tido a oportunidade de ter a companhia de alguns matogrossenses "gente boa", alguns nordestinos idem, não ter conhecido o rio das mortes, a tal da muriçoca, Goiânia, Cuzcuz nordestino - feito por uma nordestina - , beber a cerveja Cristal e muitas outras coisas que fazem parte de mim.


Talvez eu estivesse mais segura financeiramente, mas experiência não se compra em qualquer esquina. Arrependimento não leva a nada, poxa, as pessoas deviam saber disso, principalmente as que têm o dobro da minha idade.


A tua história, é só tua. São tuas lembranças, tuas histórias pra contar. Momentos que influenciaram vc a ser vc!


Então não deixe que ninguém menospreze o que vc viveu, é o mesmo que diminuir o que vc é.


Caminhos sempre são de ida e volta. Ninguém precisa morrer atado a um caminho só na vida, quando se tem tantos e tantos pra andar...

domingo, 25 de outubro de 2009

Reescrevendo caminhos

Decidir o que se quer da vida pela segunda ou terceira vez não é nada fácil, acreditem, é muito mais difícil do que na primeira. Quando eu decidi o que queria ser, convenci toda a família, corri, fui atrás. Quando finalmente consegui, me formei em jornalismo e me tornei uma jornalista registrada, percebi que isso não bastava para ter o que eu queria na vida.

Um ano e meio depois de me formar, já estagiei, trabalhei e me sustentei como jornalista. É bom? è ótimo, adoro fazer o que faço. Mas há um ponto, e esse ponto tornou-se o grande divisor de águas da minha vida, que me fez mudar o caminho a ser seguido por mim. Bem sei eu que dinheiro não é tudo nessa vida, tenho uma família maravilhosa e amigos idem para confirmar essa máxima. Mas, para mim, uma vida confortável financeiramente tornou-se um objetivo.

Eu tenho como ganhar bem com o jornalismo, basta passar em um concurso pra trabalhar no Distrito Federal ou me largar com a cara e a coragem - e esperar ao menos uns 10 anos - pra SP, RJ. As capitais são os principais lugares pra se ter chance de crescer no jornalismo. O interior jamais te fará uma rica jornalista. Mas é no interior que está minha vida: minha família. E não só minha família, mas minha liberdade para ir e vir sem medo de bala perdida, minha certeza de chegar ao centro da cidade em 10 minutos, enfim, a minha vida em paz tbm está aqui.

Por tudo isso percebi que não poderia ser apenas jornalista, se quisesse mesmo ficar por aqui. E então decidi que vou fazer concursos pra alcançar o salário que acredito precisar pra viver bem. Não quero ser milionária. Mas ao contrário dos meus pais, não quero passar a vida me preocupando com as contas do final do mês.

E a hora é agora. Estou, agora, tendo a oportunidade de estar em casa, ganhando comida e roupa lavada, para me dedicar apenas aos estudos. Só que aí vem outra questão: o de muitas pessoas acharem que vc está no bem bom, não tá fazendo nada da vida. Esses dias ainda, encontrei uma amiga na rua e ela disse sem tirar nem por: "aparece lá na loja, tu não tá fazendo nada mesmo!"

Bom, eu não sou nenhuma tola de achar que as pessoas não pensariam assim. De que elas não pensariam pq ela não trabalha em qualquer coisa, só pra ter o seu dinheirinho, pra ir passando, pra não depender dos pais com 25 anos. Eu sei de tudo isso, e em muitos e muitos dias também penso assim. Tanto é que a quantidade de currículos que mandei pra muitos lugares foi grande, só que as propostas que recebi foram do tipo "700 reais pra coordenar a área de jornalismo e de quebra dar uma mão na d vendas". Essa é a realidade do jornalismo no interior.

Eu sei que poderia estar trabalhando e às vezes até me questiono se realmente não estou muito vagabundona. Mas, sempre que penso nessas coisas, chego a conclusão que não adianta tapar o sol com a peneira. Eu quero ganhar bem e preciso estudar muito pra isso. Eu preciso estudar até passar, e arranjar um empreguinho quebra galho me dá a sensação de não estar me dedicando tudo o que posso pra conseguir meu objetivo.

Meu pai já me jogou na cara várias vezes que preciso trabalhar. Sim, preciso. Mas vou trabalhar com a segurança de um concurso público e com o salário que não vai ajudar apenas a mim, mas também aos meu pais e irmãos a terem uma vida mais tranquila.

E podem acreditar, nessa história "não estar fazendo nada" nem passa perto dos meus dias. Quem é concurseiro sabe: passar os dias estudando, horas e horas lendo leis e regras que às vezes nem são da tua área, sem contar qdo é um concurso que te exige matemática e informática, acreditar na aprovação mesmo sabendo que concorrem pela mesma vaga milhares de pessoas tão bem preparadas qto vc, gastar horas de sono, fazer aulas em sábado e domingo como to fazendo, sinceramente! Dá muito mais trabalho do que ficar em um empreguinho pra ir vivendo, pq isso sim, é não querer se esforçar (claro que desconto aqui as pessoas que precisam do emprego pra sobreviver mesmo, né).

Enfim...Não é nada fácil superar os preconceitos dos outros e mesmo os próprios. Não é fácil decidir mudar tudo. Encarar tudo e todos e acreditar que será o melhor.

Como diria uma juíza que conheci no Mato Grosso: é dificil, mas não é impossível.

quarta-feira, 14 de outubro de 2009

Tempo demais...

Não sei se as outras pessoas são assim, mas detesto esses dias como hoje, quando fico com mil coisas pra fazer na cabeça, começo uma, acabo em outra e, no fim, nunca faço o que realmente queria. Não estou trabalhando no momento, apenas estudando. Ou deveria ser apenas, porque verdade é que faço várias coisas no dia que não são estudar.

Acho que esse é um mal do mundo moderno: ter tempo hoje, dá muito trabalho. Dá preocupação, dá culpa por não estar fazendo o que deveria, dá tudo, menos o que antes o tempo dava: prazer.

Como tenho um concurso concorridíssimo pela frente, a frase que fica martelando na minha cabeça insistentemente é: você deveria estar estudando, você tem que estudar mais, estudar, estudar, estudar. E não adianta tirar um final de semana de descanso, aquela coisa de desligar um pouco para voltar com ar renovado aos livros. Bobagem. Passo o final de semana inteirinho pensando no tempo que to perdendo sem estudar.

Pq será que a gente não consegue mais ficar sem ter nada pra fazer e não se preocupar com isso? Sabe aquela coisa de simplesmente relaxar e esquecer tudo? Eu posso, ao contrário de muitas pessoas, tirar uma tarde pra passear, curtir o que eu quiser. Mas não consigo fazer isso em paz.

Ter tempo hoje é inquietante.

Eu tento usar desculpas pra mim mesma, como "ano passado trabalhei 14 horas por dia", ou "estou recusando essa proposta de emprego por um objetivo bem maior", sei lá, eu tento me apaziguar, mas não adianta. Eu sou uma pilha ambulante.

E o pior é que não é de hoje. Sempre tive uma vida super ativa, com faculdade, estágios, festas, depois que me formei continuei então com muito trabalho, mais festas, namoro, enfim...eu nunca parei por tanto tempo.

Isso me deixa em sobressalto. Será que estou no caminho certo? E se eu não conseguir o que pretendo?

E o pior de tudo, é que lá no fundo eu tenho respostas pra tudo. Se eu to no caminho certo, só o tempo vai dizer. Se eu não conseguir o que quero, vou ter que mudar o meu desejo.

As respostas costumam ser as mais simples, pq na vida, não há o que não tenha solução. Algum jeito tu vai ter que dar, talvez não seja do jeito que vc quer, mas de algum jeito as coisas vão ficar.

A gente sabe de tudo isso, mas não sabe lidar com isso.

Não sabemos lidar com a simplicidade da vida.

E nisso eu fico aqui...escrevendo ao invés de estar estudando!!!

domingo, 4 de outubro de 2009

Muitas casas e ao mesmo tempo nenhuma...

Esses dias parei pra pensar nas minhas andanças e sabe do que me dei conta? Já morei em 12 casas diferentes. É bastante pra quem tem só 25 anos, né?? Tem o lado bom e o ruim. Eu, particularmente, adoro mudanças, como já disse por aqui. Mas ao mesmo tempo eu chego muitas vezes a triste conclusão de que ainda não encontrei o meu lugar. Claro que me sinto em casa aqui na casa dos meus pais. Mas eu falo da minha casa. Sabe, aquela coisa de vc pensar, "ai que vontade de ir pra casa", depois de uma longa viagem...

Eu sinto que to sempre em transição. Quando morava aqui em Ijuí, eu não queria ficar aqui, queria fazer faculdade em outro lugar, trabalhar longe, enfim, quando a gente é adolescente sempre pensa que os sonhos não estão ali, estão em outro lugar. Então fui pra Santa Maria, onde, lógico, não ia ficar, era uma cidade mais transitória impossível, quase todo mundo vai pra lá pela faculdade, mas também quase ninguém pensa em crescer por lá mesmo. Depois fui para o Mato Grosso e pela primeira vez pensei que ficaria bastante tempo em um lugar só. Mas foi um vai e vem muito maior do que em qualquer outro lugar que já tinha morado. E também sentia muita saudade do Sul...

Agora, de novo em Ijuí, é claro que não quero ficar aqui, mas sabe o que é mais engraçado? eu nem sei ao certo pq. É claro que se passar em um concurso é bastante provável que seja chamada em outra cidade, mas não há nesse mundo, um lugar, que eu conheça e possa dizer: pronto, é aqui que quero ficar! É aqui que quero viver minha vida!

terça-feira, 1 de setembro de 2009

Ah, o amor....

Tá, analisando, definitivamente me convenço de que não há no mundo assunto que mais dê o que falar do que o amor. O amor é o tema de tudo, novelas, livros, histórias, até filmes de ficção científica tem casalsinho. Eu, tento e tento entender o amor...e sempre acho que as pessoas, como em quase tudo na vida, possuem muitos pré-julgamentos sobre o amor. Meu namorado me deu um pé na bunda? sim. Em 3 meses já está namorando outra? sim. Aí o que todas as pessoas ao meu redor esperam?? que eu esteja um caco, choramingando pelos cantos, difamando-o aos quatro ventos, deletando ele totalmente da minha vida. Mas as coisas não foram e não são assim pra mim.

Eu chorei? claro. Senti saudades? com certeza, ainda sinto. Mas não fico mal mais do que alguns minutos. Não adianta, não consigo. Claro que não ser mais apaixonada por ele ajuda bastante. Mas eu poderia estar mal. Não estou. Aí o que as pessoas pensam? "Ah, ela tá se fazendo de forte, diz que não gosta mais, mas gosta, não quer dar o braço a torcer". Gente, mas o negócio é custoso, hein??!! será que realmente não dá pra simplesmente aceitar que um namoro de 2 anos, intenso e maravilhoso, acabou sem que isso seja uma tragédia?

Claro, eu entendo que nem todo mundo é assim. Mas sinceramente, eu acho que quem centraliza a razão da sua vida em outra pessoa deve mesmo ser muito sem graça. Todo mundo tem amigos, família, sei lá, vizinho, um cachorro que seja, pra desconcentrar das frustações e buscar novas preocupações na vida. E mais, além de todas essas opções, nada melhor do que ficar sozinho se quiser. Se permitir ficar consigo mesmo, reencontrar seus próprios desejos e sonhos que por tanto tempo ficaram estreitamente ligados à outra pessoa. Agora é só você, tudo pra você, olha que coisa maravilhosa!!! Com certeza você vai perceber o quanto é legal e especial. Sem precisar de ninguem do teu lado pra mostrar isso. Os amigos, a família, o papagaio, certamente estarão te esperando pra aproveitar contigo a melhor fase da tua vida.

O amor rende muito mesmo. Mas vira e mexe pré-julgamos o amor como sendo aquele entre um homem e uma mulher, quando o mais importante deles, sem sombra de dúvida, é o que você sente por você mesmo.

domingo, 30 de agosto de 2009

Mudanças e a falta delas...

Pois é pessoal, já faz tempo, tempo, tempo que não escrevo. Juro que não é falat de assunto (afinal isso nunca me falta, né!) é pura e simples preguiça e desânimo de colocar aqui tuuuudo o que aconteceu. Ali no texto de baixo eu andava meio revoltada, credo...mas tbm, o fim do meu namoro com o Daniel era bem recente. Quase cinco meses depois me sinto bem com a maneira que reagi a situação. Em poucos momentos fiquei triste, sempre sinto saudades, mas em nenhum momento senti vontade de voltar atrás. Em relação a antiga relação estou muito bem resolvida, obrigada. Fui feliz, não me arrependo de nada e o que restou foi uma baita amizade.

O que tem pesado mesmo são outras questões. Não estar trabalhando, não poder ter a presença de meus amigos sempre por perto e claro, confesso que me sinto meio "peixe fora d'água" sem um namorado. Não fiquei com ninguém depois de terminar o namoro e não sinto vontade. Passei da fase de ficar por ficar. Não preciso disso. Ao mesmo tempo que me sinto sozinha, é bem engraçado, deve ser coisa de geminiano, pq sinto muita vontade de ficar sozinha...hahahhaa...vou me fazer entender: estou sozinha no sentido de sem namorado, mas como voltei a morar com meus pais, sinto falta da milha total liberdade, das minhas coisas, de ficar só, comigo mesma. Aqui as coisas são agitadas e tem dias que quero sair correndo e me hospedar em um hotel para poder ficar um dia sozinha!

Confesso que to meio sem rumo. Não esperava que os concursos que vou fazer fossem demorar tanto para sair...pensava que em setembro já estaria tudo encaminhado e agora descubro que a maioria das provas saírão em novembro, dezembro, talvez até em janeiro do ano que vem!! E a paciência, confesso, está por um milímetro. Isso é bom para os meus estudos, pq posso me preparar melhor, mas to quase surtando com tanta falta de mudança na minha vida. Tudo mudou, mas ainda não estou satisfeita.

Às vezes gostaria de ter um espírito mais pacato. Uma alma mais calma. Uma mente mais pacienciosa. Não consigo ser assim. Enquanto por fora pareço calma, por dentro estou a mil por hora. Meu coração corre em busca de acontecimentos, de agitação, e meu corpo tem que se segurar e apenas esperar. Não há o que fazer. Deixar o tempo passar...nunca pensei que isso fosse tão difícil.

terça-feira, 19 de maio de 2009

Confissões de uma ex

É, eu sei q aí pra baixo tem um texto que fala que eu encontrei meu príncipe encantado, mas agora o conto de fadas acabou...
Eu me admirei muito com a minha capacidade de superação. Fiquei bem mesmo. Prometi que não ia chorar, me desesperar, essas coisas e consegui. Só não sei até que ponto isso foi bom, pq hj sinto como se fosse explodir a qrr momento. E não é pq ainda gosto dele ou coisa assim, até pq acho q nem gostava mais tanto assim mesmo, mas é pq a gente acostuma com a pessoa e pq o fato de estar sozinha exige doses cavalares de auto-estima, o que eu confesso que tenho tido, mas ás vezes dá raiva e não tem como fugir, ponto final.
Mas a vida é bem estranha, né...esses dias reencontrei via msn uma amiga que n conversava há anos e adivinha: o namorado dela tbm tinha dado um pé nela. Aí nos achamos, né, falamos mal dos homens por horas a fio. Por mais que eu não tenha muito o que reclamar do Daniel, pq sim, ele foi um ótimo namorado por muito tempo, não adianta, nessas horas só o fato de ele existir já é um erro. Lavar a alma é preciso. Afinal, precisamos realmente nos convencer de que eles foram os monstros e nós, poxa, nós somos tão legais, quase perfeitas, nos dedicamos...o que é que faltou?
Aí essa minha amiga (que eu descobri que lê o meu blog, o que foi uma surpresa pra mim, pq achava que só a tia Jô - que pensa que eu sou a Fátima Bernardes - e a minha mãe liam) me passou um texto do Arnaldo Jabor, óoooootimoo, que fala justamente de fins de relacionamentos. Em como a gente tem que encarar numa boa, chorar, entristecer, sim, um pouco, mas desde que não nos impeça de entender que se acabou, acabou. Que deu certo enquanto durou essa coisa toda. Essa autosuficiência, esse olhar sobre tudo e ser superior, encarar tudo numa boa.
Mas que Arnaldo Jabor me perdoe, e eu mesma, pq tbm sou da teoria do "tudo numa boa": Ás vezes dá uma vontade de sair batendo em todo mundo, de gritar, de perder a linha!!! Acho que transformei minha tristeza em raiva. Se sinto saudade, tenho raiva de mim por isso. E a raiva vai aumentando proporcionalmente ao teor de sentimentalismo. Pra mim, antes raiva do que tristeza. Tristeza faz a gente entregar os pontos. Raiva a gente extravaza e passa...

segunda-feira, 9 de fevereiro de 2009

Olhos abertos ou fechados?

Ontem ouvi meu irmão falar que um segredo dos vencedores é não ter contato com a pobreza. Não passar por lugares pobres, por vilas, não ver tristeza, enfim...Fiquei pensando nisso. Hoje assisti o filme "Redenção", que conta a história de um negro que se tornou o criador e líder de uma gangue nos EUA. Após ser preso pela acusação de quatro homicídios e parar no corredor da morte, uma jornalista o procura para escrever sobre a história das gangues. No entanto, ao invés de escrever sobre sua própria história, Stan pede à jornalista que lhe ajude a publicar livros infantis que falem sobre o assunto e orientem crianças a não entrar no mundo do crime.

O que ficou em mim depois do que ouvi e assisti foi o seguinte. Ok, eu posso não ter contato com a pobreza, afinal eu não moro em uma favela, nunca passei fome, sou formada na faculdade. Mas e quem nasceu dentro da pobreza, quem faz parte dela, vai fugir como?

A princípio, com base nessas afirmações poderia criticar firmemente meu irmão. Mas não é bem isso. Ele não está totalmente errado, porque quando falamos em pobreza, não falamos simplesmente em falta de dinheiro. Falamos em falta de dignidade, em falta de esperança, em revolta, que gera consequentemente, violência. A grande questão é que se torna muito mais difícil se sentir digno e esperançoso quando não se há comida para dar aos próprios filhos.

A nós, que vemos tudo de fora, que podemos nos dar ao luxo de não ter contato com a pobreza, resta o que então? Fazer isso? Desviar dos becos? Viver em uma bolha? Eu me sinto mal com isso. E acredito que muitas pessoas também se sintam. Mas o grande problema disso, é que simplesmente não sabemos o que fazer. Eu não sei como ajudar. Eu sou paralisada diante da miséria.

Eu não sei se tento entender a conjuntura de nossa sociedade, não sei se devo acreditar que não fazendo mal aos outros e levando uma vida de bem já estou fazendo minha parte, não sei se tenho o poder de ajudar e de mudar alguma coisa.

Essas dúvidas me acompanham a muito tempo. E ouço opiniões diversas sobre isso. Ouço muito que jovens sempre pensam em mudar o mundo e que tudo isso é pura bobagem.

Mas então quem é que me tira essa inquietação diante dos que não podem ter o que eu tenho?
Quem me tira essa vontade de ajudar de alguma forma, ou simplesmente essa desconfiança de que eu posso ser capaz de ajudar?

quinta-feira, 5 de fevereiro de 2009

Mães fora do ninho

Sabe, eu ainda não sei o que é ser mãe, lógico, mas há algo que acho um pouco errado nas mães, inclusive na minha. Claro que nem todas devem ser assim, mas a minha mãe simplesmente vive em função minha e dos meus irmãos. Eu sei, é claro que mãe não vive sem os filhos, mas viver só por eles me deixa extremamente preocupada.

Só existe uma fase em que as mães podem nos ter totalmente: quando somos crianças. Não vivemos sem ela nessa fase. Quando crescemos é claro que continuamos amando nossas mães, seu carinhos, seus dengos, mas em um certo ponto declaramos "temos a nossa vida". Isso não significa excluir ninguém da nossa vida, mas significa que temos nosso trabalho, nosso namorado, nossos anseios, nossas manias, nosso jeito de viver. E nem sempre queremos a opinião de A ou B. Ás vezes queremos enfrentar algumas coisas sozinhos. Assim como pai ou mãe um dia também fizeram.

Antigamente nã havia mais nada que se fazer, enquanto mulher, que cuidar da casa e dos filhos. Mas hoje, meu Deus, uma mulher pode ser tudo o que quiser. Não me encomoda tanto que minha mãe se preocupe comigo, até pq pedir o contrário é impensável. Também não me preocupa que ela me encha de amor e carinho materno por todos os lados. O que me preocupa de verdade é que ela não tem a sua vida.

Gostaria de ligar para minha mãe e ouví-la falar que saiu pra caminhar, que está cuidando da saúde, que emagreceu 5Kg, que saiu com uma amiga, que fez um jantar especial com meu pai, que não se tem dinheiro, mas afinal, quando se teve? Isso me faria um filha feliz. Não ligar e ouvir que ela abriu mão da própria vida pela sua família, que foi ao médico e descobriu mais um probleminha, que o trabalho anda estressante demais.

Cada um faz as suas escolhas e arca com suas consequências. Pais e mães se sacrificam por seus filhos, mas acho que filho nenhum nesse mundo vai retribuir da maneira que os pais esperam.

Queria que minha mãe fosse mais feliz com ela mesma.

quarta-feira, 4 de fevereiro de 2009

Desastres em busca da perfeição

Eu tava lendo um texto no blog de ex-colega e nossa..é incrível como nós gurias somos iguais. Eu simplesmente me vejo nesses textos e nas conversas das minhas amigas que ainda não encontraram o príncipe. Eu já encontrei, mas antes dele todas as minhas escolhas foram absolutamente erradas. Quando vocês dizem com tom incrédulo que tudo dá errado nos relacionamentos, sim, eu acredito, pq um dia eu fui uma Bridget Jones da vida.

E sabe qual a minha única conclusão plausível? Que é assim, a gente erra, erra, pra qdo encontrar a pessoa certa, acertar em cheio. Ao menos foi assim comigo. A fórmula só mostra o 1+1, mas ah, quantos percalços estão escondidos neles. O amor não é perfeito e por isso é tão gostoso.

Esse 1+1 muitas vezes quer dizer Briga+reconciliação, dúvidas+medos, tudo isso que vira igual a um amadurecimento em relação ao outro e ao amor. Quando é verdadeiro ele realmente nos ensina como fazer direitinho.

E graças a Deus hoje, já podemos nos permitir sonhar com príncipes mais humanamente a favor de sentir orgulho em nos carregar a tiracolo com uma minisaia ou um decote que deixa os outros babando. Aleluia que já existem namorados e namoradas que entendem que ás vezes queremos sair apenas com nossos amigos, como nos velhos tempos, mas sem fazer nada que desrespeitasse o outro, lógico.

Sim, tudo isso existe. O amor existe. Akele amor romântico mesmo, de demonstrações meladas, de companheirismo, de confiança. Só que não vem de graça. Se eu cometesse os erros que cometi antigamente com meu atual namorado, tenho certeza, ele não ia dar certo. Ia ser só mais um a entrar na lista dos desastres. E outra, também não se tem uma relação perfeita 24 horas por dia, esqueça isso, pq o amor não é 1+1=2. VC+o teu trabalho+os teus amigos+a tua família+ele+o trabalho dele+a faculdade dele+os amigos dele+a família dele+um monte de coisas. A fórmula é um pouquinho mais complexa o q prova q o amor vai ser dividido com milhares de outras coisas, mas sem deixar de existir, isso eu garanto.

Eu não sei bem como me tornei uma namorada legal. Ser legal aconteceu da maneira mais natural que eu já tinha visto. Talvez enfim eu tenha sido eu mesma. Eu imaginava e sonhava com amores maravilhosos, mas eu ainda era toda errada. Ou certa demais, o que também se torna errado, entende. Acho que acertar no amor é encontrar nosso equílibrio com a outra pessoa. Eu era meio desequilibrada, todos somos, até encontrarmos nosso eixo. Até olharmos pra pessoa e dizer pra nós mesmo, eu quero isso.

E fico pensando que isso deve acontecer com todos os mortais, isso quer dizer, também cm os homens, esses que vira e mexe nos dão dor de cabeça. Mas pobres, eles também tem dúvidas, também tem sua hora pra crescer.

Se tu não tem certeza ou ele tá indeciso, não é a hora. Talvez seja a hora mas não seja a pessoa. Talvez seja a pessoa, mas não seja a hora. Pq uma coisa é batata (nossa, essa expressão é velhinha!): Se for pra ser, a certeza vai estar estampada na cara dos dois.

Ah, se eu fosse um marinheiro...

Bah, faz quase 4 meses que escrevi pela última vez...Bom, o que posso garantir é que o fato de passar um certo furacão enlouquecido que mudou tudo de lugar na minha vida pode me redimir.
Mas sabe o que é mais engraçado nessa história toda? É que o furacão rodou, rodou, e acabou me levando de volta ao mesmo lugar.

Furacões são inexplicáveis. Ora mudam o cenário, ora mudam os atores. Não que os atores sejam trocados por outros. O que muda é a essência de cada um. Estou voltando para o Mato Grosso diferente de quando saí de lá. Tantas coisas aconteceram. Era pra ter ido pra Coréia, era pra ficar em Santa Maria, quem sabe o Paraná? Todas essas possibilidades estiveram presentes. Mas no fim tudo isso só serviu pra gente pensar "acho que ao menos por agora, o lugar é lá".

Nada me deixa mais aflita, nem tampouco mais excitada com a vida do que não saber pra onde vou. Durante esses 4 meses não tive casa. O que mais fiz foi viajar: Goiânia, Porto Alegre, Ijuí, Santa Maria, Erval Seco, Iraí, Santo ângelo, Palhoça, Florianópolis, foram alguns dos meus portos.

E como fez falta um porto seguro. E como foi desprendido não ter pra onde voltar. A gente precisa do nosso canto, mas ás vezes também precisa lembra que não tem raízes no lugar dos pés. Aliás, pés são feitos justamentes pra andar, sempre.

Acho que entendi uma coisa em mim, nesses 4 meses. Preciso do meu porto. Mas preciso acima de tudo poder levar meus pezinhos pra passear de tempo em tempo. Não há nada mais revigorante do que chegar na TUA casa. Mas o gostinho especial da volta só existe quando passamos um tempo longe.

Sim, eu entendi uma coisa em mim: Preciso de casa. Mas definitivamente não vivo sem estrada.