terça-feira, 25 de outubro de 2011

De filha pra pais


E quando os anos começam a passar você percebe que os papeis que representa na vida adquirem novas funções e responsabilidades. Não é mais você, filho, que pode dar preocupação, deixar os outros sem dormir, dar sustos... não é mais você que precisa de tanta atenção, que precisa de ajuda para seguir em frente, de orientação, de mão para atravessar a rua, de segurança. Chega um dia – e confesso que acho que o meu já chegou – que são seus pais que precisam de tudo isso e que lhe dão sustos, temores e preocupações. E então, é a partir daí, que você começa a compreender “tudo” um pouco melhor e como, quando se trata de alguém que você realmente ama, você quer que seu abraço seja capaz de acalmar e fazer tudo passar, de uma batidinha no dedão do pé contra a perna de uma cadeira a uma frustração de uma vida inteira.

Que eu seja o melhor anjo que meus pais possam ter...