sexta-feira, 5 de novembro de 2010

Saudade

Fazendo uma coisa idiota no último domingo (assistindo Faustão) eu e minha mãe paramos um pouco pra pensar no que estava passando. A pergunta do programa era: de que ou de quem você sente saudade?
Minha mãe me perguntou do que eu tenho saudade. Parei, pensei, pensei...impossível dizer apenas uma coisa. Sou uma saudosista convicta. Tenho saudade de todas as épocas da minha vida. Minha mãe disse que isso é muito bom, porque só temos saudade das coisas boas da nossa vida. Verdade, né?? Não que minha vida tenha sido sempre um mar de rosas, até longe disso. Mas eu consigo rir do que acontece. Consigo pensar, vai passar. Consigo ser mais forte. Consigo não me abalar. Consigo ver algo de bom. Consigo abstrair.

Eu não sou nenhuma heroína. Sou de carne, osso e saudades! Saudade da escola, dos meus amigos, dos primeiros amores, que mexiam tanto com o coração (muita gente passa a vida tentando sentir de novo aquelas batidas enlouquecidas do coração, só possíveis pq o coração ainda era puro, inocente, verdadeiro e sem pé atrás). A escola não volta, mas os bons amigos tenho contato até hoje graças à santa internet. Tenho muita - e isso é bem curioso - mas muita saudade da TV...dos programas que assistia, dos desenhos. Amo até hoje aquela música da abertura do desenho "Cavalo de fogo" (quem não tem mais de 20 anos acho que não conheceu), tenho saudade dos filmes da sessão da tarde (tenho até uma lista guardada, que fiz junto com meu irmão). Juro que não é besteira, a sessão da tarde era realmente muito legal na minha época. Clássicos como "Curtindo a vida adoidado", "Um dia a casa cai", "Os Goonies", faziam a nossa diversão. Hoje só tem filme de cachorro (no nosso tempo só tinha o "K-9"). Tenho saudade também dos Cavaleiros do Zodíaco, Ducktails (Woo-wooo!). Ah, enfim, dá de verdade pra fazer uma lista de filmes de sessão da tarde e desenhos que trazem a saudade de uma magia, de uma fuga da realidade, ou mesmo de uma realidade tão legal.


Tenho saudade dos tempos aqui de Santa Maria (digo aqui, pq estou aqui nesse exato momento). Os novos amigos, a faculdade e principalmente uma coisa: o sonho. O sonho de ser jornalista sem nem saber ao certo o que isso significa. Sonho realizado, a gente sempre quer mais. Ou descobre que não sabe bem o que quer ainda, o que não encaro como um problema. É problema se te paralisa, mas se te move em diferentes direções, pode contar, sempre vai somar, trazer novas experiêcias, te fazer amadurecer.

Outra coisa que sempre vou ter saudade é das viagens com a família ao som de Creedence. Era a banda que a família toda gostava, então virou a marca dos Borges em suas viagens anuais lá pra vó. Bons tempos. Adorava chegar na vó e comer pão caseiro com mel.

Ah, falei de infância, amores da adolescência, amigos, faculdade, sonhos, família.


Tenho saudade de tudo que foi, que é, talvez até do que será meu.

Poderia ficar dias falando sobre as coisas das quais tenho saudade, uma lembrando a outra, outra lembrando mais umas, em um incessante novelo de acontecimentos, de histórias, sentimentos, de vida.

E você, parou pra pensar do que tem saudade?

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