Não sei se é o mundo ou se sou eu. Pensei nisso nesse exato momento, enquanto, sentada na frente do computador, por milésimos de segundos olho para o lado e vejo o mundo lá fora. Prédios, barulho de construção, carros que sobem e descem a rua. Todo mundo tocando sua vida, trabalhando, correndo, lutando. Eu também sigo minha vida, seja lá em que ritmo, nem eu mesma sei mais.
...
Desculpa, não deu pra segurar. As lágrimas caem. Porque no fundo eu sempre soube o que fazer. Todo mundo nasce sabendo qual é o seu dom. A vida sempre nos mostra em pequenos retalhos de intuição. O problema não é o que, mas o como. Como fazer o que eu sei que devo? Por onde começar, qual é o primeiro passo?
Algumas pessoas demoram a encontrar. Eu, em muitos momentos da minha vida, me senti no caminho. Só que nunca o caminho me pareceu certo por mais do que três anos. E agora, com 25 anos, tudo bate a porta, intensamente. Tudo agora é profundamente necessário. Nada mais é tão leve, nada pode ficar pra depois. A vida cobra, o mundo cobra, as pessoas cobram. Essencialmente, eu me cobro.
Estou aqui.
Entre o ínfimo momento do impulso para agir e da dúvida que paralisa.
Se vou agir ou ficar parada, não importa. O que não vou, espero, é continuar no mesmo lugar.
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