quarta-feira, 4 de fevereiro de 2009

Ah, se eu fosse um marinheiro...

Bah, faz quase 4 meses que escrevi pela última vez...Bom, o que posso garantir é que o fato de passar um certo furacão enlouquecido que mudou tudo de lugar na minha vida pode me redimir.
Mas sabe o que é mais engraçado nessa história toda? É que o furacão rodou, rodou, e acabou me levando de volta ao mesmo lugar.

Furacões são inexplicáveis. Ora mudam o cenário, ora mudam os atores. Não que os atores sejam trocados por outros. O que muda é a essência de cada um. Estou voltando para o Mato Grosso diferente de quando saí de lá. Tantas coisas aconteceram. Era pra ter ido pra Coréia, era pra ficar em Santa Maria, quem sabe o Paraná? Todas essas possibilidades estiveram presentes. Mas no fim tudo isso só serviu pra gente pensar "acho que ao menos por agora, o lugar é lá".

Nada me deixa mais aflita, nem tampouco mais excitada com a vida do que não saber pra onde vou. Durante esses 4 meses não tive casa. O que mais fiz foi viajar: Goiânia, Porto Alegre, Ijuí, Santa Maria, Erval Seco, Iraí, Santo ângelo, Palhoça, Florianópolis, foram alguns dos meus portos.

E como fez falta um porto seguro. E como foi desprendido não ter pra onde voltar. A gente precisa do nosso canto, mas ás vezes também precisa lembra que não tem raízes no lugar dos pés. Aliás, pés são feitos justamentes pra andar, sempre.

Acho que entendi uma coisa em mim, nesses 4 meses. Preciso do meu porto. Mas preciso acima de tudo poder levar meus pezinhos pra passear de tempo em tempo. Não há nada mais revigorante do que chegar na TUA casa. Mas o gostinho especial da volta só existe quando passamos um tempo longe.

Sim, eu entendi uma coisa em mim: Preciso de casa. Mas definitivamente não vivo sem estrada.

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