sexta-feira, 20 de novembro de 2009

Sofrendo do mal "Cazuza"

Eu não sou tão exagerada quanto ele e ao contrário dele gosto só de meninos. Mesmo assim, em um ponto, sou meio Cazuza: não consigo querer uma coisa só. Não adianta, eu vejo tanta coisa pra se gostar nesse mundo, como é que vou me limitar a ser apenas uma?

Sabe aquelas pessoas que já foram de tudo um pouco nessa vida? Pra quem não sabe eu já fui auxiliar de consultório odontológico (no tempo em que ainda não existia curso profissionalizante pra isso), já fui vendedora das lojas Grazziotin, já fui proprietária de loja de artigos esportivos, técnica admisnistrativa do Fórum, e, no meio disso tudo, claro, sou jornalista. No campo dos estudos também não me mantive em uma opção. Cursei um ano de Letras, um ano de relações Públicas, até me formar em Jornalismo, que foi o que sempre quis.

O que eu não esperava é que quando eu me formasse em Jornalismo eu descobriria que também quero cursar Direito. Também, lógico, tenho como objetivo fazer um mestrado, porque todo mundo sabe que diploma hoje em dia é quase nada. E mesmo que fosse muito, seria pouco para satisfazer minha vontade de estudar. Ah, e tirando tuuudo isso, confesso que também sempre pensei em fazer psicologia.

Também vale lembrar que já morei com meus pais, óbvio, já dividi apartamento com pelo menos umas 20 pessoas (não todas ao mesmo tempo, óbvio) e já morei com meu namorado no outro lado do país. Ah, também morei um tempo com um tio.

Esse parágrafos aí e cima são a explicação pura e simples do mal Cazuza: o querer tudo, ou, querer cada hora uma coisa diferente. Fico pensando como algumas pessoas conseguem viver a vida toda na mesma casa, na mesma rua, na mesma cidade. Como passam a vida todinha no mesmo emprego? E faculdade, como podem querer cursar apenas uma? Quando preciso dizer qual minha música preferida, filme, cor, qualquer coisa, não espere uma só. Sempre serão 5 músicas, 10 filmes, 3 cores. Nunca haverá o melhor amigo, será sempre os e as. Família, será a de Ijuí, a do MT. Os amigos serão do Brasil, da europa, dos EUA.

É claro que isso não é tão bom quanto parece. Se fosse eu não chamaria de "mal". A verdade é que muitas vezes, na inconstância de querer demais, acabo sem saber distinguir o que realmente quero e perdendo momentos preciosos.

A vida exige escolhas. E quando a escolha tem apenas alternativa A e B, eu sempre me ferro.

2 comentários:

  1. Hi ..
    Bah Unaware of the term Alzheimer's Cazuza, but I confess
    suffer the same evil!
    Sometimes, I think I just wanted one thing, but it
    I'm thinking, what I want?

    Love*****

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  2. Samantha!

    Ai! Que bom! Alguém lê meu blog! Fiquei bem feliz com os teus comentários!

    Sim, colega, também sofro desse "Mal de Cazuza" que você tão bem diagnosticou. Ainda não encontrei nenhuma explicação para ele: seria o reflexo de nossa criação, da nossa personalidade, da geração dos anos 80 ou se tem a ver mesmo com a conjuntura dos astros no dia do nosso nascimento? Não sei, mas acho que, no nosso caso, a causa mais provável é aquela mesma que nos fez tornar jornalistas: essa vontade louca de conhecer o mundo, em todos os seus detalhes.

    Sim ... um dos textos do meu blog eram para a seleção do curso abril de jornalismo... mas não mandei aquele, obviamente, heheheheh.

    Um abração!

    Naiara.

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