segunda-feira, 13 de agosto de 2012

Mesmo com tanta coisa saindo errado até que tudo dê certo, eu continuo achando que o amor é fácil. É tão fácil perceber que ou você deixa ele entrar ou mantém ele de lado! Uma vez li que cada um tem um momento. Eu acredito nisso. O meu momento foi logo nos primeiros momentos, quando vi que você era muito próximo do que eu procurava. E deixemos a hipocrisia de lado, porque todos nós procuramos alguém   de um jeito determinado, colocamos critérios. Até podemos ser surpreendidos e o modelo pode ser flexível, mas, em geral, a gente sabe do que gosta.
E desde os primeiros momentos eu sabia: com você, o amor podia acontecer. Algo como olhar e pensar "tá aí, gostei ...". Ainda não era amor, era só um pensamento com frase em reticências. Mas, veja bem, com reticências, quando em geral, era sempre ponto final, ou não chegava a haver nem pensamento, nem frase. Com você, enfim, podia ser amor. Meses depois eu saberia que ele não viria a ser, assim, completamente. Mas ele podia. Eu sentia que era só dizer sim. Era só querer o amor. E eu, contrariando o repertório de fugas, incertezas e indiferenças, pra você eu queria dizer sim. Eu tava louca pra dizer sim. E aí, aí seria tudo alegria! Podia ser tudo alegria. Podia, se não fosse você dizer não. E dizer não com todas as letras, dizer um não consciente e racional. E me oferecer um pedacinho de um tipo de amor: o descompromissado. Sincero, sem enganação, até bom, mas com uma placa bem grande contornado com sirenes vermelhas e escrita em neon dizendo: daqui esse amor não passa.
E não existe raiva, piti, desconforto. Por um ano, até teve tudo isso, só pra mim mesma. Porque quem diz sim, acaba vivendo um pouco do amor que poderia ter sido, mesmo que o outro diga não, nem saiba, muito menos imagine. Agora, nesse momento em que você vai embora, sinto que esse amor, esse que eu vivi e você escolheu não viver, é jogado, sei lá, para o universo. Para o terreno da sorte, para o que Deus quiser. Porque a distância, ela é ótima em apagar devagarinho e afastar sem ferir brutalmente. A gente vai aceitando e esquecendo.
E não há mágoas, porque quando a gente não é mais muito criança entende que talvez simplesmente não seja eu pra você, mesmo que seja você pra mim. Você não teve momento comigo ou, se teve, escolheu deixar passar. Foi tua escolha equem é que tem o direito de criticar a escolha do outro? Eu tive meu momento e disse sim. Você pode ter tido, mas disse não. E aí só resta pensar, poxa, que pena! Foi bom, mas poderia ter sido tão mais... 

2 comentários:

  1. Que texto forte, lindo, lúcido. Que sentimento maduro e difícil de lidar. Mas ainda pode ter muita coisa, pode haver muito amor, de alguém que dirá sim. Beijos

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    1. Thaís, obrigada e verdade o que você disse: a gente aceita porque é maduro, mas não significa que seja fácil! Mas a vida sempre traz surpresas, em geral melhores do que a gnt espera! Que estejamos sempre abertos a elas, ao amor e a alguém que diga sim! Beijo grande!

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