Era estranho para ela pensar que tudo tinha passado. Coisas, pessoas, amores. E agora era apenas ela e seu destino incerto. Todos precisam de amor, pensou. Mas ela não se enquadrava na categoria todos. A algum tempo que tinha mesmo esquecido a cor que tem o amor. Seu cheiro. Seu gosto. Seu som. Mas o mais assustador nisso tudo é que não sentia falta. Afinal como sentir falta de algo que não se sabe mais como é? Algo que não se sente mais?
E assim ela foi, a cada dia, se acostumando mais com sua própria companhia.
Gostava de fazer seu próprio tempo e ver o mundo pela janela. Como se sentia segura, em perceber que não precisava mesmo de mais ninguém.
Até que um dia, um belo dia, acordou com um estrondoso barulho.
Uma pedra acertou sua janela.
O vento frio soprou seu coração.
E com isso acordou.
Foi vista.
Sentiu.
A ausência de sentimento por outra pessoa, nem sempre quer dizer ausência de sentimento, mas um encontro consigo mesmo, um romance consigo mesmo. Acho que ama muito mais e muito melhor novamente um dia aquele que já teve este caso de amor consigo. :) Muito legal o conto. Beijos
ResponderExcluirOi Samantha. Bonito teu texto. Acho que um tempo sozinho pode ser muito bom para refletir e deixar a vida entrar nos eixos, mas inevitavelmente, quando menos se espera vai surgir alguém da maneira mais inesperada e virar tudo de cabeça pra baixo de novo. É a vida ... Um abraço!!!
ResponderExcluirSamantha, muito interessante tua poesia, cheia de sensibidade. Bjo
ResponderExcluirSamantha, gostei do texto. É preciso um pouco de solidão, como os hiatos e as vírgulas, para escrever o livro da vida...
ResponderExcluirGrande abraço!
Olá!
ResponderExcluirGostei e até me identifiquei, gosto de estar sozinha, o que não significa gostar da solidão.
Abraço.
Queridos! Obriagada pelos comentários! que bom ver cada um encontrando seu próprio sentido para linhas que pareciam dizer só de mim...
ResponderExcluirGrande abraço a todos!