quinta-feira, 5 de maio de 2011

Que sorte a minha

Não sei o que fiz em outra vida. Mas suspeito que não tenha sido uma pessoa muito maligna. Digo isso porque quando paro pra pensar na minha vida (e isso acontece zilhões de vezes por dia) sempre acabo percebendo o quanto sempre fui rica. Não, eu não tenho dinheiro pra comprar um apartamento de 3 milhões com vista panorâmica pro mar, nem mesmo coisas bem simples (no momento um roupeiro para poder enfim, desfazer minhas malas que guardam minhas roupas desde início de março). Eu não tenho tudo o que eu quero, mas tenho uma riqueza que carrego no peito e não é gasta, nunca. Sempre comento que já morei em inúmeros lugares (não vejo a hora de pousar minhas asinhas em algum lugar definitivamente) e em todos, TODOS, eu sempre conheci pessoas que me trataram tão bem, mas tão bem, que ás vezes eu até me senti constrangida, afinal eu nem fazia nada. Pessoas que mesmo diferentes, em idade, em comportamentos, em conhecimento, rico ou pobre, me receberam de braços abertos.

2011, cidade nova, casa nova, vida nova. E as pessoas novas que chegaram, o que dizer? As conheço, certamente, há muito mais que ínfimos 2 meses. As conheço de anos, como amigos queridos que nos aconchegam com tantos sorrisos. Tardes de aulas de matar, leituras que a gente não entende nada, finais de semana encerrados em casa, estudando, estudando, estudando. E no meio desse mundinho particular, rimos, rimos muito, entre nossos cafés, festas de aniversário surpresa, cervejinhas no fim da aula, aventuras por lugares perigosos da cidade, amizades com cachorros de rua mancos, lasanhas regadas a um bom vinho, e muitas conversas tão filosóficas quanto idiotas, sem fim.

Se morresse amanhã, certamente eu diria: Não constituí fortuna, não arrecadei dólares, jóias, imóveis, carros zero, roupas caríssimas ( o que não não implica que um dia eu não queira adquirir). Mas, ah! Como fui rica. Rica da riqueza mais rica que alguém pode enriquecer. Rica de olhares sinceros, de risos companheiros, de passos nunca sozinhos, rica, dos melhores amigos. 
Que sorte, eu diria, que sorte a minha!

4 comentários:

  1. É bom ler um post assim, onde o que realmente tem valor na vida é que está sendo valorizado. Tenho tido encontros tão tristes com o ser humano, que mais parecem desencontros. É bom saber que ainda existem seres HUMANOS. Beijos!

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  2. Eu acho que entre esses sorrisos, e olhares aconchegantes , sei que sou uma destas pessoas TRI especiais..! hehe
    ! Pois é, agora vamos nos falar com mais frequencia ainda...Estou de volta pro 'Blog' e de cara nova(o meu blog é claro)!! Beijos, te amo minha xaropinha preferida xD heheehehe

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  3. Thaís, é bem o que disse, acho que tenho muita sorte, pq sei que tem muita gente que não vale muita coisa por aí...mas certamente as boas pessoas que vc tem ao teu lado valem por todas as outras que não são legais, não é?!!
    Bjos, queridas!!

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  4. Olá, Samantha. Vim retornar a visita ao meu blog só hoje, que vergonha! hehe Mas é que gosto de entrar quando tenho tempo de ler pra valer mesmo e eu estava ocupada preparando meu outro blgo. Aliás, se você gostar de moda, faça uma visita lá, dê sugestões (adoro sugestões de jornalistas hehe): http://vestindocorpo.wordpress.com/

    :)

    Adorei o texto. Muita gente não enxerga riqueza nessas coisas e é incrível quando se reconhece.

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