domingo, 25 de julho de 2010

Minhas tão minhas instabilidades

Ando com o coração na mão. Aparento ser uma pessoa calma e doce. Mas quem realmente convive comigo ou me conhece bem, sabe: sou instável. Instável nos sentimentos, nas vontades, nos sonhos e nas certezas. Ontem acordei muito triste. Algumas desconfianças andam me tirando o sono. E quanta preocupação com meu futuro, porque impaciência é meu pior defeito. Não aceito esperar. Se quero, quero agora. E justo aí aparece minha maior inconstância. Sou rápida no querer, mas por ser indecisa, não sigo a mesma velocidade no agir.

Tudo me tira o sono. Sou preocupada. E quando tudo parece triste demais, desesperador demais, é engraçado, porque aí eu olho pro lado, para trás ou sei lá para onde e algo me diz: Não importa o que aconteça, você é feliz. E aí olho para mim mesma, suspiro, e penso, "é, eu sei, eu sempre consigo manter minha felicidade e minha gratidão, mesmo que tudo pareça perdido".


E é aí que não entendo pessoas que não conseguem ver alegria em nada. Não é possível que haja uma vida tão sem cor. O mundo lá fora é o mesmo pra todos. O que é diferente é o mundo dentro de cada um. Mesmo nas piores misérias, é possível encontrar a beleza, a vida pulsando, o calor de um olhar. Não, definitivamente, não consigo me manter triste por muitas horas. Uma imagem me encanta, a lembrança de um amigo me faz rir, de um amor me aqueçe o coração, de minha família, me apóia e não me deixa cair.
Acima de tudo, penso, Quem criou isso tudo, não criou tantos ínfimos detalhes à toa. 
E então, sim, tudo realmente faz sentido.

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