domingo, 25 de julho de 2010

Minhas tão minhas instabilidades

Ando com o coração na mão. Aparento ser uma pessoa calma e doce. Mas quem realmente convive comigo ou me conhece bem, sabe: sou instável. Instável nos sentimentos, nas vontades, nos sonhos e nas certezas. Ontem acordei muito triste. Algumas desconfianças andam me tirando o sono. E quanta preocupação com meu futuro, porque impaciência é meu pior defeito. Não aceito esperar. Se quero, quero agora. E justo aí aparece minha maior inconstância. Sou rápida no querer, mas por ser indecisa, não sigo a mesma velocidade no agir.

Tudo me tira o sono. Sou preocupada. E quando tudo parece triste demais, desesperador demais, é engraçado, porque aí eu olho pro lado, para trás ou sei lá para onde e algo me diz: Não importa o que aconteça, você é feliz. E aí olho para mim mesma, suspiro, e penso, "é, eu sei, eu sempre consigo manter minha felicidade e minha gratidão, mesmo que tudo pareça perdido".


E é aí que não entendo pessoas que não conseguem ver alegria em nada. Não é possível que haja uma vida tão sem cor. O mundo lá fora é o mesmo pra todos. O que é diferente é o mundo dentro de cada um. Mesmo nas piores misérias, é possível encontrar a beleza, a vida pulsando, o calor de um olhar. Não, definitivamente, não consigo me manter triste por muitas horas. Uma imagem me encanta, a lembrança de um amigo me faz rir, de um amor me aqueçe o coração, de minha família, me apóia e não me deixa cair.
Acima de tudo, penso, Quem criou isso tudo, não criou tantos ínfimos detalhes à toa. 
E então, sim, tudo realmente faz sentido.

Poesias de adolescência...

Aí vai mais uma poesia que escrevi quando tinha 18 anos (parece que foi ontem, e pensar em tudo o que já aconteceu na minha vida em 8 anos é impressionante!)

Ah, reparei uma coisa, lendo algumas de minhas poesias...nossa, como muitas delas são tristes! Estranho, porque sempre fui feliz!

"O que trago nestes olhos de outono
É o canto do sono
Que a muito me atinge 
Sinto as folhas mortas
Que balançam meus pensamentos
E me levam para outros tempos
Quando bons momentos... Vivi

Faço de mim agora 
Um instrumento de vaga voz
Um tormento não mais veloz
Um vento sereno
Que traz apenas o aceno
E a minha despedida da vida"

Samantha Borges - 15/04/2002

terça-feira, 6 de julho de 2010

A síndrome do "já vai fazer um ano!"

Tava aqui a toa na frente do computador...aí comecei a ler alguns textos na minha agenda, coisas que parece que foi ontem que aconteceram e olhando a data me dei conta de que já vai fazer um ano! Olhando fotos de uma amiga também acabei lembrando de algumas coisas, como o dia do aniversário dela, e me dei conta que daqui a pouco já vai fazer um ano!


Era logo ali que eu tava na casa dos meus pais, que eu tava atracada estudando pra um concurso, que eu tava morando em Ijuí, que eu assistia mil filmes com a mãe no final de semana, que ia na Estação da Mata fazer festa com meu irmão e minha cunhada, que eu levantava no meu quarto de Ijuí, tantas coisas, outra rotina...


O mais engraçado é pensar que no ano passado, quando eu vivia essa realidade eu pensava que já ia fazer um ano que eu morava no Mato Grosso, que eu namorava o Daniel, que eu tinha outra casa, outro emprego, outros colegas de trabalho, outra rotina.


E se voltar ainda um ano atrás desse eu ia estar pensando que já ia fazer um ano que eu estava me formando na faculdade, já ia fazer um ano que estava há um ano com o Daniel, que morava em Santa Maria, em outro apartamento, convivia com meus amigos de lá, trabalhava no Jornal A Razão...


Quando penso na velocidade com que os acontecimentos da minha vida já vão fazer um ano, confesso, fico meio assustada. E principalmente porque percebo minha ruim ou boa, vai saber, tendência a mudar sem pensar muito. Eu fui de Ijuí a Santa Maria, ao Mato Grosso, a Ijuí de volta e a Fred West no espaço de míseros 6 anos.


Ai, 6 anos me faz lembrar a minha idade...heheh...e aí endoideço mesmo!


Será que a falta que sinto de alguma coisa seria a falta de segurança? Sabe, a certeza de pensar, "bom é nesta cidade que vou morar, que vou ficar por um bom tempo e fazer minha vida!". Talvez seja isso. Talvez essa transitoriedade - ou fuga, vai saber - da minha realidade me traga essa sensação de "ainda não estou no meu lugar". Eu sinto vontade de parar. Mas quando surge algo novo é tão difícil resistir...


Bom...várias coisas já vão fazer um ano, e o certo é o que já vai fazer um ano, logo, logo vai fazer dois. Então, gosto de usar um frase, uma das frases mais bacanas que já li e encontrei em um livro bem adolescentesinho e que, por sinal, já deve tá fazendo um ano que li: "Respirei fundo e corri para o mundo. Porque a vida não espera por ninguém."


Então, vamos lá.