sexta-feira, 30 de maio de 2008

E depois das malas, a nova vida...








Pois é, eu arrumei as malas, vendi os móveis, me despedi da família, dos amigos, e botei ó pé na estrada com o meu amor. Cheguei no Mato Grosso, e eis eu, aqui, há 3 meses. As novidades? Vamos lá.
Bom, eu vim trabalhar em um jornal, afinal me formei em jornalismo. Pois foi eu chegar e o tal do jornal resolveu fechar as portas e ir para outra cidade. Putz, mas que azar!! E ai, fiquei eu, a 3 mil km e 600 reais de passagem de distância do que eu chamava de lar...
Pelo menos não fiquei sozinha. Comecei a trabalhar na escola de um dos meus tios e agora para surpresa de todos, e minha lógico, virei dona de loja de artigos esportivos.
O que pensar disso tudo? A vida é mesmo uma caixinha de surpresas como diria Joseph Climber. Sério, morar em uma cidade chamada Porto Alegre do Norte, no meio do nada, onde a única ligação que eu tinha era ter dois tios que moravam nela e que eu via uma vez por ano era completamente inexistente nos meus pensamentos!
Mas, cá estou!

Se entrei em crise?? Humpf! Eu quase enlouqueci. Afinal ser jornalista sempre foi o meu sonho e passei 4 anos no banco de uma faculdade para isso. E tudo ia indo bem, eu fazia estágio em um jornal, ia ser contratada...
É geralmente a gente perde o prumo quando as coisas não saem como imaginamos. E geralmente esquecemos que as escolhas foram feitas por nós mesmos. Essa mesma pessoinha que agora fica reclamando do que aconteceu...
Mas, a questão é que a vida continua girando, o tempo continua passando e eu, eu continuo aqui. Pensei muito em voltar, mas escolher entre amor e profissão é muito cruel. Resolvi deixar rolar.
E sabe que agora eu até posso dizer que gosto daqui? Gosto de ficar da loja, gosto da cidade, eu simplesmente me adaptei...
Vivo bem com o Daniel, já fizemos alguns amigos, ganhamos nosso dinheiro... e no mais a conclusão é que a vida é vida em qualquer lugar.
Eu continuo vendo TV (agora não muito porque trabalho das 7 e meia da manhã até 11 da noite), falando com meus amigos no orkut, comendo pizza, tomando cerveja, , escrevendo (que mais até do que o jornalismo, é o que mais amo fazer), namorando, assintindo filmes, fazendo planos, me preocupando em começar a fazer uma atividade física, falando por telefone com minha família, comendo churrasco no domingo, ouvindo música, vivendo...
Tudo isso não significa também que eu me acomodei. Não trabalhar na minha área continua me tirando o sono, a saudade da minha vida no sul continua me tirando o sono...Mas cheguei a um ponto que pensei: será que não devo dar uma chance à essa nova vida que surgiu do nada e mudou tudo? Acho que às vezes é preciso dar um voto de confiança ao que nos fugiu do controle.

Afinal, ficar 3 dias dentro de um ônibus, viajando por 3 mil Km deve me fazer chegar a algum lugar, não acham?

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